O Japão é um dos países de maior densidade populacional no mundo. Pensando em números, são 339 pessoas por quilometro quadrado. Não é para menos. A área total do arquipélago representa menos de 5% do território brasileiro.
Para complicar, cerca de 70% do país é constituído de montanhas inabitáveis. E o pior, a população japonesa não fica muito atrás da brasileira. São 130 milhões de nipônicos contra 190 milhões de brasileiros. Não é a toa que a moradia é uma das mais caras do mundo. O aluguel de uma quitinete de 25 metros quadrados em Tokyo, com quarto e cozinha, custa aproximadamente 1,3 mil reais. Os japoneses moram em verdadeiras casinhas de coelho e tentam aproveitar ao máximo o espaço dentro e fora de casa.
Para se locomover nos espaços urbanos das metrópoles é preciso pensar em uma cidade vertical e recortada. Prédios em forma de triângulo são construídos em esquinas angulosas para aproveitar cada centímetro de terreno. São comuns também as situações em que se vê as linhas de trem cruzando em meio aos edifícios. A sensação é de que se vive em um formigueiro gigante.
Em casa
Vivendo em um desses miniapartamentos, não é preciso nem sair da cama para tomar o primeiro gole de água logo pela manhã, esticando o braço é possível alcançar a geladeira (que se parece mais com um frigobar). A partir da cama, bastam três passos para chegar até o banheiro e escovar os dentes.
O banheiro é um retângulo de 2 x 1m onde cabem o vaso, a pia e o ofurô (pequena banheira japonesa). É preciso sair do banheiro para se espreguiçar. Para alcançar o computador, basta mais um passo até a mesinha de chão, logo ao lado da cama. Mais três passos até a porta e você está fora de casa.
São necessários apenas 10 passos para começar o dia. Se por um lado as casas são pequenas, por outro o Japão é um país extremamente seguro. Seguro suficiente para a dona da floricultura deixar as flores expostas na rua sem preocupação, para o dono do bar empilhar os engradados de garrafa para fora quando fecha o bar, para ir à lavanderia às 3 da madrugada sem sentir o mínimo de medo, para deixar as roupas estendidas para fora e esquecer a bicicleta no meio fio da calçada. As casas não têm quintal, mas todos se sentem em casa quando anda na rua.
Bons modos e boas idéias não faltam
Aprender a pedir licença é uma das lições mais importantes para uma convivência harmoniosa. Só no caminho de casa até o trabalho há inúmeras situações em que a palavrinha mágica é proferida. Um casal que ande mais lentamente na calçada já barra a sua passagem.
Muitas formas desenvolvidas de comportamento e etiqueta no Japão permitem que os relacionamentos não tenham contato físico – uma grande idéia em um país tão densamente povoado.
Os japoneses não gostam de confrontos, e lutas são extremamente raras. Eles são muito bons em disfarçar insatisfações com um sorriso. Pela falta de espaço e respeito ao próximo, os japoneses têm diversas regras que regem o dia-a-dia da cidade. Há o lado certo da calçada para andar, lugar para parar na escada rolante, posição correta para sentar no trem (é pedido para que não se cruze nem estique as pernas) tudo para não atrapalhar o fluxo.
São comuns restaurantes onde se come em pé, bares em que não cabem mais de 8 clientes por vez e alguns prédios têm elevadores para apenas três pessoas. Para conviver com a falta de espaço os japoneses criam soluções práticas e criativas. De melancia quadrada a bicicleta dobrável, falta espaço, mas não faltam idéias.
Fonte: madeinjapan
Para complicar, cerca de 70% do país é constituído de montanhas inabitáveis. E o pior, a população japonesa não fica muito atrás da brasileira. São 130 milhões de nipônicos contra 190 milhões de brasileiros. Não é a toa que a moradia é uma das mais caras do mundo. O aluguel de uma quitinete de 25 metros quadrados em Tokyo, com quarto e cozinha, custa aproximadamente 1,3 mil reais. Os japoneses moram em verdadeiras casinhas de coelho e tentam aproveitar ao máximo o espaço dentro e fora de casa.
Para se locomover nos espaços urbanos das metrópoles é preciso pensar em uma cidade vertical e recortada. Prédios em forma de triângulo são construídos em esquinas angulosas para aproveitar cada centímetro de terreno. São comuns também as situações em que se vê as linhas de trem cruzando em meio aos edifícios. A sensação é de que se vive em um formigueiro gigante.
Em casa
Vivendo em um desses miniapartamentos, não é preciso nem sair da cama para tomar o primeiro gole de água logo pela manhã, esticando o braço é possível alcançar a geladeira (que se parece mais com um frigobar). A partir da cama, bastam três passos para chegar até o banheiro e escovar os dentes.
O banheiro é um retângulo de 2 x 1m onde cabem o vaso, a pia e o ofurô (pequena banheira japonesa). É preciso sair do banheiro para se espreguiçar. Para alcançar o computador, basta mais um passo até a mesinha de chão, logo ao lado da cama. Mais três passos até a porta e você está fora de casa.
São necessários apenas 10 passos para começar o dia. Se por um lado as casas são pequenas, por outro o Japão é um país extremamente seguro. Seguro suficiente para a dona da floricultura deixar as flores expostas na rua sem preocupação, para o dono do bar empilhar os engradados de garrafa para fora quando fecha o bar, para ir à lavanderia às 3 da madrugada sem sentir o mínimo de medo, para deixar as roupas estendidas para fora e esquecer a bicicleta no meio fio da calçada. As casas não têm quintal, mas todos se sentem em casa quando anda na rua.
Bons modos e boas idéias não faltam
Aprender a pedir licença é uma das lições mais importantes para uma convivência harmoniosa. Só no caminho de casa até o trabalho há inúmeras situações em que a palavrinha mágica é proferida. Um casal que ande mais lentamente na calçada já barra a sua passagem.
Muitas formas desenvolvidas de comportamento e etiqueta no Japão permitem que os relacionamentos não tenham contato físico – uma grande idéia em um país tão densamente povoado.
Os japoneses não gostam de confrontos, e lutas são extremamente raras. Eles são muito bons em disfarçar insatisfações com um sorriso. Pela falta de espaço e respeito ao próximo, os japoneses têm diversas regras que regem o dia-a-dia da cidade. Há o lado certo da calçada para andar, lugar para parar na escada rolante, posição correta para sentar no trem (é pedido para que não se cruze nem estique as pernas) tudo para não atrapalhar o fluxo.
São comuns restaurantes onde se come em pé, bares em que não cabem mais de 8 clientes por vez e alguns prédios têm elevadores para apenas três pessoas. Para conviver com a falta de espaço os japoneses criam soluções práticas e criativas. De melancia quadrada a bicicleta dobrável, falta espaço, mas não faltam idéias.
Fonte: madeinjapan
0 comentários:
Postar um comentário