A prefeitura de Tóquio anunciou na tarde desta quarta-feira que os índices de radiação observados nos reservatórios da cidade  estão bem acima do limite permitido para o consumo humano. As autoridades  do país recomendaram à população que evite dar a  água diretamente da torneira para crianças e bebês, grupo de pessoas que  pode ser mais afetado pelos níveis de radiação superiores ao  normal.
As autoridades identificaram uma concentração de iodo de 210 becquerel por  quilo na usina de Kanamachi - que abastece as regiões central e oeste  da capital japonesa -, acima do limite de 100 becquerel por quilo  considerado seguro para as crianças. Segundo o Ministério de Educação e  Ciência japonês, o limite de iodo na água corrente, para adultos,  é de 300 becquerel por quilo.
Os Estados Unidos anunciaram ontem, terça-feira a proibição da importação direta  de uma série de alimentos importados do Japão. Leite e derivados,  verduras e frutas frescas oriundos das cidades de Fukushima, Ibaraki,  Tochigi e Gunma deverão passar por uma bateria de testes de radiação  antes de serem comercializados. A agência reguladora FDA (Food and Drug  Administration) será responsável por monitorar os níveis de radiação.
A decisão americana mostra a crescente preocupação com os altos índices  de partículas radioativas encontradas nos alimentos produzidos na  região da usina de Fukushima. Na noite desta terça-feira (horário de  Brasília), o governo japonês recomendou à população que evite o consumo  de 11 vegetais. De acordo com o Ministério da Saúde do país, os níveis  de radiação desses alimentos está 164 vezes superior ao limite seguro.  Segundo dados do governo do Japão, uma pessoa que consuma 100 gramas  diárias de um desses vegetais por 10 dias seguidos estará se expondo à  mesma radiação que absorveria normalmente durante um ano inteiro. 








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